Não sei dizer se aquele seria o fim. Ou o começo de tudo. Há algumas coisas que lembro antes de ter acontecido. Família. Férias. Praia. Algum lugar do qual não consigo lembrar o nome. Pessoas correndo. Fugir. Elas gritavam ''precisamos fugir''. Suspirei quando vi minha mãe, segurando meu irmão nos braços e me gritando para entrarmos no carro, o Matt tava com uma carinha de que só precisava dormir. Entrei.  A partir daí não lembro de mais nada.

Acordei no meio do mar sem saber pra onde estava indo, só de que precisava comer, não estava conciliando aqueles rostos estranhos, com os mesmos que me gritavam antes, e agora me avisavam de que preciso nadar e me juntar a eles. Não demorou muito pra perceber que estava só. Perdi eles. Então, nadei, nadei como se fosse achar uma resposta concreta. De repente foram aparecendo mais e mais pessoas. Assim como eu. Ninguém estava machucado. A maioria parecia tão confusa quanto eu. Mas bem, todos estavam parcialmente bem. Será que sobrevivi?

 Depois de algumas horas sem saber o que estava acontecendo, consegui me aproximar de um grupo que estavam conversando, planejando talvez, o que tenhamos de fazer. Não estamos tão longe de algo que parece mais uma ilha, bem pequena no meio do mar, acho que não deve ser difícil de rodá-la nadando. Mas não tenho mais forças, e nem sei ao certo o que é aquilo. É bem movimentado. Algumas pessoas bem bonitas, parecem estar dando uma festa, comemorando algo, estão bem vestidas e sorriem como se nada estivesse acontecido. Nada daquilo faz sentindo na minha cabeça. Agora está muito frio. Posso sentir todo o meu corpo se enrugar, e tremer. Na minha mente. Por que quando me vejo, continuo do mesmo jeito que antes, sem nenhum sinal de mudança. Pera um momento... Não lembro de saber nadar.

O grupo foi aumentando, cada vez mais outros sobreviventes nos encontravam. Ei...É o Pierre. Eu te conheço. Não conheço? Sim, é ele. O abracei, como se estivesse encontrado água em uma seca de décadas. Bem irônico pra quem está perdida no mar, com só um pedacinho de terra à vista. Então chorei. Chorei como se fosse solucionar algo, chorei mais, aquela angustia, aquele pesadelo, parecia não ter fim. Precisava encontrar minha família, ele disse que também se perdeu de todos, porém apresentava uma tranquilidade um pouco sublime, ah, acredito que seja cansaço. Até que um dos que estão liderando o grupo nos interrompeu e nos trouxe algumas informações. - Vamos ter que nos infiltrar, lá há um grupo de salvadores, eles são pagos pra encontrar algumas informações de quem sobreviveu ou não.

Não tínhamos opção, ou fazíamos o que estavam nos pedindo, ou ficaríamos ali, no meio do mar, sem saber nada.

Os mais fortes foram primeiro, eles conseguiram algumas roupas mais alguns objetos, e trouxeram para os outros. Fiquei bastante assustada com aquele movimento, não era normal, aquelas pessoas estavam felizes demais. Comida. Sei que o disfarce é não demostrar muitos sentimentos, para não desconfiarem, mas estou com muita fome, preciso...Ah. Por um momento foi a melhor sensação do mundo, mas...O vazio que havia dentro de mim, continuou o mesmo. Guardei alguns bolinhos, doces, pães e algumas garrafinha de água, na sacola de recolher informações, e levei para os outros. Um homem bem velho, estava olhando pra mim, acenei constrangida, e não, não estava, era como se ele olhasse, mas não estivesse me vendo. Nada faz sentido.

Encontrei com o pessoal na cabine de informação. Quando mostrei as coisas que havia trazido, ninguém deu importância. Estão me mandando olhar a lista de pessoas que sobreviveram à catástrofe. Fui descendo com o dedo. A, B, C...Matt! Ele está vivo! Não consigo acreditar. Suspirei mais uma vez de alívio. Então o Pierre veio em minha direção, não entendo o por que dele estar falando tão alto, ele ta brigando comigo? Ele diz algo como 'sua tonta' 'não consegue perceber?' 'Estamos todos mortos'. Não pode ser. Não me sinto como se estivesse. Por que ele diria isso? Por que ele está chorando? Calma, deve existir alguma explicação.

Os lideres estavam fazendo o caminho de volta, agora eles tinham uma lancha. Alguns preferiram ficar lá, naquele lugar esquisito que as pessoas não olham pra ninguém. Fui com o Pierre, ele está mais calmo, mas não quer conversar. Fomos em silêncio o caminho inteiro. Silêncio de uma multidão em uma imensidão, não era tão desesperador quanto viver. Já não conseguia pensar nem no frio que devia estar fazendo. Ninguém parecia se importar com o que podia acontecer.  Chegamos numa cidade, ou era uma antes. Fiquei pensando em tudo aquilo que tinham me dito, e acontecido... Será? Vejo algo se movimentando em alguns entulhos, corro pra ver o que é. Também não sabia que conseguia correr tão rápido. É o Harry. O cara que pediu meu telefone há algumas semanas atrás, logo quando cheguei aqui. Será que ele vai lembrar de mim? Oi?

Por que ele não responde? Ei, estou bem na sua frente, por que não consegue me ver? Me dá sua mão, posso te ajudar. E naquele momento a ficha realmente caiu. Estava realmente morta. Muita coisa passou pela minha cabeça em milésimos. Carro sem controle. Ondas muito altas. Uma ponte de três lados. O desespero de não poder ver minha família, meus amigos, todos novamente. E dentro de mim, disse que não aceitaria deixar de existir. Então beijei-o. Por que fiz isso? Do que vai adiantar...Então ele disse, 'ai' como se tivesse acabado de levar um choque.

Sempre imaginei como seria se por alguns dias, fosse invisível. Agora eu sou e não sei bem o que fazer.


**Texto ficou bem grande, e bem louco, né? É que ele surgiu de um sonho, adoro sonhar com roteiros, da vontade de fazer um filme sempre que isso acontece, como ainda não posso, resolvi fazer em texto, sinto que faltou algumas coisas, que fui lembrando no meio, no fim...Enfim. Espero que viajem com ele, tanto quanto eu. :p

Esse é um post bem atrasado. Bem mesmo. Fiz esse passei no dia 19 de maio, quase que ia esquecendo de colocar aqui, mas resolvi postar logo, antes que completasse um mês, e claro, antes do próximo passeio, que é amanhã. Então, eu e a minha família entramos para um grupo, chamado de Bando dos Aventureiros, decidimos que precisávamos fazer coisas legais nos finais de semana - não todos, infelizmente :( - e um amigo então deu essa ideia, que por sinal faz parte do grupo. A ideia é conhecer lugares novos, e perto. A maioria das pessoas não fazem ideia dos lugares lindos, e escondidos, que existem onde moram. E sem no aspecto mais fantástico, que é estar em contato com a natureza, poder renovar as energias, não tem preço.















Procura-se alguém que não tinha medo, não temia o novo, nem o perigo. Sabia exatamente o que queria, e pra onde ia. Sempre soube diferenciar o que é certo ou errado sem precisar pensar muito. Desatava nós como alguém que estivesse a explicar um caminho conhecido. Era capaz de fazer tudo o que quisesse, o que lhe desse na telha, sem se preocupar. O amanhã não lhe interessava tanto assim, tinha certeza daquilo que seria um dia, mas apenas o hoje lhe era formidável. Defender suas ideias, seu jeito, seu modo de ver as coisas. Era tudo muito concreto e sólido. Nada podia vencer sua confiança e determinação. Ela era aquilo e ponto. Ponto. Ponto.

Até que um dia, algo veio, a quebrou em partes e a vez fugir. Sem rumo, não deixando pistas. Sumiu.  Não sabia mais quem era ou pra onde estava indo. Nem se quer lembrava o que havia acontecido. O que afinal a deixou daquela maneira? Não sei responder, se pudesse voltar ao tempo em que nos conhecíamos, gostaria de perguntar o que a fez ir embora. Talvez posso ajudá-la a encontrar o caminho de volta. Mas como se não sei onde está?

Então vivendo sob a sombra da insegurança, a sensação de fragilidade é tamanha de como se alguém soprasse faria se encolher de tanto medo. Nunca imaginei que a opinião dos outros contaria tanto. Se fizer um bolo e alguém elogiá-lo, dará um sorriso, um pedaço e uma palavra de agradecimento. Talvez acredite nisso por alguns segundos, minutos, horas, dias...Mas se alguém vier em seguida e disser o contrário, é capaz de jogá-lo inteiro fora em estantes. Por quê? Ninguém sabe responder.

Talvez isso passe, quando encontrar aquela que costumava ser antes de crescer.



Não sei se onde vocês moram está a mesma coisa, mas aqui o tempo tá pra lá de muita chuva. Sabe aquela vontade de permanecer na cama quentinha. Beber algo quente, e ter alguém pra abraçar? Já alterei meu status, relacionamento sério com o moletom. - É verídico que quando a temperatura abaixa, todo mundo se aproxima, e gosta mesmo é de ficar juntinho. Segundo as explicações de química, as moléculas em baixas temperatura se aproximam das que estão agasalhadas.  Logo, pensei em uma playlist pra entrar no clima do friozinho, que todos amamos.

1. Figure 8



2. Crying in The Rain




3. Angeles



4. Why Does It Always Rain On Me


5. Yellow

6. Heaven

7. Superman


Concentrar-me tem sido uma tarefa completamente difícil. Tenho andando tão distraída. São tantas informações ao mesmo tempo, sinto que não ando conseguindo dar conta de tudo. Então resolvi pesquisar sobre o assunto - tentei até meditação, aulas de respiração, e encontrei essas dicas no Guia do Estudante, e resolvi compartilhar com quem mais estiver precisando de uma forcinha pra segurar a barra. 
Não se contente em ler: escreva!

Segundo o professor e autor de livros com dicas para estudos Pierluigi Piazzi, é importante estudar escrevendo, e não só lendo. "Quem só lê perde a concentração. Quem escreve consegue entender o assunto e mantê-lo na mente", explica ele.
Escreva à mão em vez de digitar

Pesquisas já mostraram que os alunos que fazem isso aprendem mais do que quem só digita. "Você tem movimentos totalmente distintos para escrever cada letra a mão, mas isso não existe quando você está digitando. Isso faz com que mais redes neurais sejam ativadas no processo da escrita", diz o professor.
Como saber o que vale colocar no papel 

Faça resumos, fichamentos e esquemas da matéria. Mas nada de ficar copiando todo o conteúdo dos livros. Para saber o que vale escrever, faça de conta que você está preparando uma cola para uma prova. Por ter pouco espaço e pouco tempo para consulta-la, é preciso ser conciso, mas ao mesmo tempo abordar os pontos principais. É disso que você precisa quando for estudar.


Revise a matéria que aprendeu em aula no mesmo dia

Além de evitar acumular matérias, estudar o conteúdo visto em sala de aula no mesmo dia fará com que seu cérebro entenda que aquilo é importante e o memorize.

Estude sozinho

Vamos combinar que, por mais legal que seja se reunir com os amigos para estudar, você acaba falando mais de outras coisas e as dúvidas permanecem. O professor Pierluigi é um grande defensor da ideia de que só se aprende mesmo no estudo solitário. "Estudar em grupo é útil se você for a pessoa que explica a matéria para os outros. Quem ouve não aproveita", diz ele. A melhor dica para um bom estudo, aliás, e explicar a matéria para si mesmo.

Use as aulas para entender as matérias e tirar dúvidas

Um erro comum, segundo o professor Pierluigi, é fazer dois cursinhos para ter um maior numero de aulas - o que realmente vai fazer diferença no vestibular é o momento em que você estuda sozinho, não o número de aulas que pegou. Mas isso não significa que vale cabular ou dormir nas aulas: elas são importantes para entender a matéria e tirar dúvidas.

Desligue todos os aparelhos eletrônicos. 

Na hora de estudar, nada de deixar o celular por perto avisando você de cada notificação no Facebook. E nem caia na tentação de abrir o Facebook só por "dois minutinhos". Esses dois minutinhos sempre se estendem e acabam com toda a sua concentração. Reserve um tempinho do seu dia só para as redes sociais e faça isso virar rotina para que se acostume a checá-la apenas nesse tempo específico.

Estude em um local organizado e tranquilo

O resto da sua casa até pode ser uma bagunça, mas o local onde você costuma estudar precisa estar sempre organizado e silencioso. Ter muitas coisas espalhadas pode atrapalhar a sua concentração e há o risco de perder tempo procurando coisas que sumiram na bagunça.

Música? Só em línguas que você não entenda

Não é proibido estudar ouvindo música - há quem precise dela para se concentrar. Mas evite ouvir músicas em idiomas que você entenda - isso pode fazer com que você desvie sua atenção para a letra e esqueça a matéria.
Use marca-textoUsar canetas coloridas e marca-texto para enfatizar os pontos principais é uma boa ajuda para manter o foco no que for importante, especialmente se você tem problemas mais sérios de déficit de atenção. Post-its também podem ser úteis.

Respeite seu tempo

Se você é mais produtivo de manhã, deixe para estudar as matérias mais difíceis nesse período. Quando sentir que a concentração não está rolando de jeito nenhum, faça uma pequena parada e depois volte. Manter intervalos regulares é fundamental - e a frequência vai depender do seu ritmo.

Tenha uma programação organizada, mas seja flexível

Use uma agenda ou quadro branco para organizar suas tarefas e respeite-a! Mas faça programações realistas para que você não se desanime. Definir que você vai estudar durante oito horas por dia se você tem várias outras atividades, por exemplo, não é algo razoável. E esteja aberto para mudanças, caso seja necessário.
Crie um pequeno ritual antes de estudar

Sempre que for mergulhar nos estudos, crie e respeite um ritualzinho antes. Pode ser um alongamento, pegar um copo de suco para deixar na sua mesa, ou que mais achar melhor. Com o tempo, seu cérebro vai entender que é hora dos estudos e ficará mais fácil se concentrar.